quarta-feira, 28 de maio de 2014

Como fazer manutenção de faróis evita multa e dor-de-cabeça

Pequenas colisões, buracos, estradas de terra e ambientes úmidos podem causar graves danos aos faróis dos carros. Os problemas vão desde o desalinhamento do facho de luz até a abrasão das lentes. Por poder causar acidentes graves no trânsito, somente o farol desregulado rende ao proprietário do veículo uma multa de R$ 127,69, cinco pontos na carteira de habilitação e a retenção do veículo para regularização.

O técnico da DPaschoal, Rogério Ramalho de Oliveira, recomenda que o alinhamento dos faróis e a checagem de lâmpadas e vedações sejam associados à revisão do veículo, em que é feito balanceamento, rodízio dos pneus, verificação do óleo etc. “Tem de ser feita a manutenção preventiva”, observa Oliveira.

Oliveira ressalta que se uma lâmpada queimar, é melhor que se troque as duas, já que significa que a vida útil da outra lâmpada também está no fim. “De certa forma as lâmpadas têm um certo tempo de utilização. Mesmo que só queime a de um farol, a intensidade da outra estará diferente, porque vai perdendo com o tempo”, observa o técnico. 
O farol desregulado ou desalinhado, além de atrapalhar a visão do motorista, coloca em risco os condutores que estão na direção oposta, pois, por reflexo, os olhos seguem o ponto mais forte de luz. A regulagem dos faróis é um processo rápido se feito em oficinas especializadas e, normalmente, não é cobrada. No caso, a regulagem é feita com o auxílio de um aparelho equipado com espelho.
Abrasão inutiliza o conjunto

A alta umidade também tem efeito abrasivo. No caso, a parte espelhada do farol é que sofre a degradação. Esse acabamento é feito pelo processo de metalização, em que se é aplicada uma camada muito fina de alumínio. Se danificada, o farol precisa ser trocado, pois não há reparos. “Por esse motivo, não se deve tentar limpar a área, nem arear com palha de aço. Só de passar a mão essa camada risca”, alerta o engenheiro. 
Da mesma forma, se a borracha de vedação do farol estiver danificada, a entrada de água também inutiliza o item. Segundo Lázaro Moraes, os faróis possuem um sistema de respiro para a lente não ficar embaçada. Se após 10 ou 15 minutos a lente não desembaçar, a peça deverá ser trocada.
Batidas 'de leve'

A famosa “encostadinha” no carro da frente pode nem riscar o pára-choque, entretanto, é suficiente para quebrar molas, lâmpadas e refletores. Por esse motivo, Moraes recomenda a revisão do conjunto após a colisão. “Muitas vezes tem de trocar tudo, porque conforme se trafega com o carro, a iluminação trepida”, diz. 
O engenheiro explica que as lâmpadas são as que mais sofrem com pequenos impactos, como a passagem rápida sobre buracos. Segundo ele, o filamento da lâmpada é bastante resistente, entretanto, quando é aceso, ele pode ser danificado com mais facilidade em função da alta temperatura. “O filamento muda de lugar e perde o ponto focal”, ressalta o engenheiro.
 
Pegar com freqüência em estradas com desníveis durante a noite é outro fator que faz com que a vida útil da lâmpada diminua. “Nesses casos, a vida da lâmpada não passa de dois anos”, observa. 


De acordo com o engenheiro de desenvolvimento da Nino Faróis, Lázaro Moraes, a abrasão está entre os agentes mais nocivos aos faróis, por não ser possível a reparação da peça.

“No caso daqueles carros que trafegam em estradas, aquele efeito da areia batendo em alta velocidade danifica a lente do farol. A limpeza do carro com detergentes fortes, comuns em lava-rápido, também prejudica a lente”, explica Moraes.

Fonte: G1

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