quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

O tal do Airbag

Airbag, também conhecido por bolsa de ar ou almofada de ar1 , é um componente de segurança dos carros, que pode ser usado em algumas máquinas industriais e em robôs de pesquisa, que funciona de forma simples: quando o carro sofre um grande impacto, vários sensores dispostos em partes estratégicas do veículo (frontal, traseiro, lateral direito, lateral esquerdo, atrás dos bancos do passageiro e motorista, tipo cortina no forro interno da cabina) são acionados emitindo sinais para uma unidade de controle que por sua vez checa qual sensor foi atingido e assim aciona o airbag mais adequado. Este dispositivo é constituído de pastilhas de nitrogênio que são acionadas por uma descarga elétrica pela central eletrônica dentro de um balão de ar muito resistente, que é o próprio Airbag; este, por sua vez, se enche rapidamente, amortecendo assim o choque e evitando que motorista e passageiros sofram danos físicos principalmente no rosto, peito e coluna. Para evitar o asfixiamento, o Airbag vai perdendo pressão após o acionamento. Atualmente existem modelos que calculam a severidade do impacto e calculam a intensidade que o Airbag deve inflar.


Os airbags são um adicional ao cinto de segurança em reduzir a chance de que a cabeça e a parte superior do corpo de um ocupante bata em alguma parte no interior do veículo. Eles também ajudam a reduzir o risco de lesões graves, distribuindo as forças da batida mais uniformemente ao longo do corpo do ocupante. "Um estudo recente concluiu que cerca de 6.000 vidas já foram salvas graças aos airbags." ([1]) Entretanto, o número exato de vidas salvas é provavelmente impossível de se calcular. O primeiro airbag foi instalado na Classe S da Mercedes em 1980. Além do airbag, a Mercedes foi também a primeira marca a introduzir as zonas de deformação, os pré tensores dos cintos de segurança e o ABS. Apesar de o mercado americano ter sido o motor para o desenvolvimento dos airbags, o desenvolvimento da tecnologia foi abandonado em 1974 depois de um acidente fatal. A Mercedes, no entanto, continuou o desenvolvimento do airbag, acabando por introduzi-lo em 1980.

Para que as pessoas sejam protegidas pelos airbags é necessário que eles sejam inflados muito rapidamente: 25 milésimos de segundo, cinco vezes mais rápido que o piscar de olhos. A reação química escolhida para encher o airbag tão rapidamente foi a decomposição de azida de sódio. A azida de sódio é um composto químico muito instável e tóxico, constituído por átomos de sódio e de nitrogênio (NaN3). No sistema de airbag a azida de sódio encontra-se num pequeno contentor, juntamente com nitrato de potássio (KNO3) e óxido de sílicio ( SiO2). Quando acontece a activação do airbag, ocorre uma ignição electrónica que aquece a azida de sódio a mais de 300 °C. Esta temperatura desencadeia a reacção química de decomposição da azida de sódio em sódio metálico (Na) e em nitrogênio molecular (N2). O nitrogênio molecular é libertado como um gás, que rapidamente enche o airbag. É no entanto necessário ter cuidado com o sódio, que é um metal muito reactivo. Este reage rapidamente com nitrato de potássio, libertando mais nitrogênio molecular, óxido de sódio e óxido de potássio. Finalmente estes óxidos reagem com o óxido de silício formando-se vidro em pó. O vidro formado é filtrado de forma a não entrar na almofada. O nitrogênio molecular é um gás inerte e não combustível. Em caso de colisão o nitrogênio não reage, pelo que não é um perigo para o condutor e passageiros. Quase ao mesmo tempo que a almofada se enche começa a esvaziar de forma controlada, outra forma de amortecer o choque.

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