Provavelmente chegará o dia em que os indivíduos receberão um Chip eletrônico sob a pele, o que permitirá identificar os seus dados por completo. CPF, RG, pendências financeiras, escolaridade, endereço, ficha criminal... enfim, todas as suas informações estarão facilmente disponíveis a um detector. Se essa realidade ainda está um pouco distante para a população, com relação ao seu veículo, já existe uma data marcada para isso acontecer. A partir de 30 de junho de 2015 será obrigatório, no Brasil, o uso do dispositivo eletrônico de identificação em todos os veículos.
A partir da instalação do dispositivo, as autoridades responsáveis pelo trânsito poderão monitorar se o carro está com a documentação em dia, verificar multas, irregularidades pendentes ou até mesmo descobrir se o veículo foi furtado ou clonado. Certamente a medida trará mais facilidade para averiguar as condições dos veículos, além de proporcionar maior segurança para os condutores.
Muitas funcionalidades do novo equipamento ainda não foram totalmente esclarecidas. Entretanto, a maioria delas já é conhecida. A partir de antenas instaladas pela cidade, será possível realizar a identificação dos veículos. Dessa forma, se um carro for roubado, o condutor deverá comunicar aos órgãos responsáveis. A partir do comunicado, o veículo será monitorado e, quando for detectado por alguma antena, a polícia local será avisada o mais rápido possível. O sistema não é tão eficaz quanto o rastreamento via satélite. Porém, ajudará a realizar o monitoramento.
Outra utilidade do chip será no ganho de agilidade do tráfego de veículos em rodovias. Haverá a possibilidade de efetuar o pagamento dos pedágios de forma antecipada. Desta forma, o veículo será liberado automaticamente. Primeiramente, essa funcionalidade deverá estar disponível somente para empresas. Depois, deve haver a extensão da tecnologia para os demais usuários. Com o rastreamento das principais zonas de engarrafamento e dos horários de “pico”, também será possível realizar alterações de rotas ou intervenções nas vias, a fim de melhorar o tráfego nas áreas mais críticas.
A instalação dos mecanismos eletrônicos deverá acontecer nos para-brisas e placas dos veículos. Outros locais ainda estão sendo estudados. Mas, alguns devem estar se perguntando: essa nova ferramenta não poderia ser fraudada ou “hackeada”? Evidentemente que sim. Se até os sistemas bancários são vítimas de ataques, podemos concluir que não existem tecnologias intransponíveis no mundo. Porém, a ideia é boa e precisa ser instaurada e acompanhada. A informatização do sistema de trânsito é algo inevitável e, possivelmente, trará diversos benefícios. Além disso, embora ainda não tenha sido definido um preço, o chip não deverá possuir um valor elevado para os condutores ou, até mesmo, poderá ser instalado de forma gratuita.
Ah, e antes que os apologistas à teoria da conspiração se manifestem, não me venham com a tese de que o novo sistema de trânsito foi elaborado com a intenção de invadir a privacidade dos indivíduos ou controlar os passos da população. Até que se prove o contrário, a medida será bastante relevante e trará muito mais benefícios do que prejuízos. Afinal, quem não deve, não teme.
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